o tempo é de pedra e corta — preciso
feito lâmina
e a pele fina treme
ao sopro do vento
por isso canta rios onde se espelha
águas serenas antes
dos pés
tocarem o fundo
em busca do rosto
que a cada passo se afasta
enquanto
o sangue tinge as águas de vermelho
sem ser tempo de amoras